INTENÇÃO DE CONSUMO MELHORA EM MINAS
- Michel Bastos Silva
- 24 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

Após um 2017 marcado pela cautela nos gastos, os mineiros prometem dar uma relaxada neste fim de ano. Pelo menos é o que prevê a pesquisa Intenção de Consumo, divulgada ontem pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG). De acordo com o levantamento, 48% dos consumidores do Estado revelaram que pretendem ir às compras em dezembro, o maior percentual desde o início da série histórica, em fevereiro. O Natal, apesar do forte apelo emocional, não é a única razão para a melhora na intenção de compras dos mineiros. O analista de Inteligência de Mercado da FCDL-MG, Vinícius Carlos da Silva, explica que o avanço do indicador também está atrelado à evolução do ambiente macroeconômico nacional, propiciada pela queda da inflação, da taxa de juros e do desemprego. “Estamos vivendo um período de recuperação econômica, e o Natal, considerado a melhor data para o varejo, estimula as compras, além do fato de que o consumidor também está comemorando o emprego. A inflação está em patamar baixo, a taxa de juros em queda: isso tudo mexeu totalmente no índice”, avalia Silva. Ao contrário dos últimos anos, os consumidores, segundo o analista da FCDL-MG, deverão optar no Natal de 2017 por presentes de maior valor agregado, deixando de lado as lembrancinhas. Entre os produtos mais citados pelos entrevistados, as roupas lideram com 14,5% da preferência. Em seguida, aparecem os itens de supermercados e hipermercados (12,3%), e os perfumes e cosméticos fecham o Top 3, com 10,1%. “Antes, o mineiro estava restrito com sua intenção de consumo, porque estava desempregado e não tinha confiança suficiente na economia para a propensão às compras. Agora, com o cenário favorável, há a volta dessa confiança, levando os consumidores às compras. Isso é importante”, pondera o analista de Inteligência de Mercado da entidade. Poupar
Na outra ponta, 52% dos entrevistados ainda adotam postura mais conservadora e vão poupar os recursos financeiros no último mês do ano. Dentro desse universo, a maior parte (63,6%) informou que vai aplicar a renda extra na poupança, enquanto 15,9% vão optar pelos fundos de investimento e 11,4% pela previdência. O tesouro direto será o destino dos recursos de 6,8%, e 2,3% dos mineiros devem investir em títulos de capitalização. Vinícius Carlos analisa que o percentual de poupadores ainda é alto devido a um contexto de recuperação econômica vivenciado no País. O analista, porém, chama a atenção para a importância de o mineiro se informar melhor sobre outros tipos de investimentos. Apesar de ser a preferida dos entrevistados, ele lembra que a poupança nem sempre é a escolha mais vantajosa. “As pessoas têm de buscar mais informações sobre onde aplicar seu dinheiro. Os mineiros estão optando muito pela poupança, mas há outras formas de investir em fundos mais rentáveis. É preciso uma educação financeira melhor”, conclui.
Fonte: Diário do Comércio via Portal AMIS
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